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Você já se perguntou se o comportamento do seu filho é “normal para a idade” ou se pode ser sinal de que algo mais sério está acontecendo?
Essa dúvida é muito comum — e super válida!
Muitas mães têm receio ou vergonha de procurar um psicólogo ou psiquiatra infantil, achando que isso é “exagero” ou “coisa pra quando for mais velho”. Mas a verdade é que quanto antes a criança recebe apoio emocional, melhor ela se desenvolve.
Neste artigo, vamos conversar de forma clara e leve sobre quando é hora de procurar ajuda profissional, os sinais de alerta no comportamento infantil, e como a psicoterapia ou a psiquiatria podem fazer toda a diferença.
Criança também sente — e precisa de ajuda às vezes
Assim como nós, os pequenos também enfrentam frustrações, medos, estresse e inseguranças. A diferença é que eles ainda não sabem expressar tudo isso em palavras — e por isso o corpo e o comportamento acabam falando por eles.
Então, antes que a situação se agrave, é importante observar e acolher.
1. Mudanças bruscas de comportamento
Se seu filho ou filha passou a agir de maneira muito diferente do que era comum, vale ficar atenta:
- Ficou muito mais quieto ou isolado do que o normal
- Passou a chorar com frequência, sem motivo claro
- Ficou agressivo, batendo ou mordendo outras crianças
- Começou a regredir, fazendo xixi na cama ou querendo voltar a usar chupeta
Essas mudanças podem ser sinal de que algo está incomodando emocionalmente e precisa ser acolhido com apoio profissional.
2. Dificuldade excessiva para lidar com frustrações
Toda criança faz birra de vez em quando — isso faz parte do desenvolvimento.
Mas se a criança explode de raiva com frequência, tem crises intensas, se machuca, quebra objetos ou não consegue se acalmar nem com ajuda, é hora de considerar uma avaliação com psicólogo.
Isso pode indicar um desequilíbrio emocional que precisa de atenção.
3. Dificuldades sociais e escolares
Outro sinal de alerta importante:
- A criança tem dificuldade de fazer amizades ou manter vínculos com outras crianças
- Apresenta dificuldade de concentração, não consegue seguir instruções simples
- Tem queda no rendimento escolar, sem motivo aparente
- Evita ir à escola ou reclama muito de ir, com frequência
Esses sinais podem ter várias causas — desde ansiedade, bullying ou até transtornos do neurodesenvolvimento (como TDAH, autismo leve etc.), e só um profissional pode fazer uma avaliação completa.
4. Sintomas físicos sem explicação médica
Às vezes, o sofrimento emocional aparece no corpo:
- Dores de cabeça e de barriga constantes
- Náuseas, tonturas ou enjoo antes de ir à escola
- Problemas de sono (pesadelos frequentes, insônia, sono agitado)
- Perda ou ganho de apetite repentino
Se o pediatra já descartou causas físicas, pode ser um sinal de que a criança está somatizando emoções. Um psicólogo pode ajudar a identificar a raiz desses sintomas.
5. Trauma ou grandes mudanças na vida
Quando a criança passa por situações difíceis, como:
- Separação dos pais
- Morte de alguém próximo
- Acidente ou hospitalização
- Mudança de cidade ou escola
É comum que surjam comportamentos mais difíceis, medo, tristeza ou insegurança.
Nesses casos, o ideal é buscar acompanhamento psicológico mesmo que os sinais ainda pareçam leves, pois a prevenção ajuda a evitar problemas mais sérios no futuro.
Mas quando procurar um psiquiatra infantil?
O psiquiatra infantil é um médico especializado em transtornos mentais e emocionais na infância, e pode ser necessário quando:
- Há comportamentos muito agressivos ou autodestrutivos
- A criança fala sobre morte, não querer viver, ou expressa ideias de suicídio
- O psicólogo indica que talvez seja necessário apoio medicamentoso
- Há suspeita de transtornos mais complexos, como depressão, TDAH, ansiedade severa, autismo ou transtorno de conduta
Importante: o psiquiatra infantil não sai medicando qualquer criança. A decisão de usar remédio é muito bem avaliada e, muitas vezes, o tratamento é feito apenas com orientação e acompanhamento.
E se for só “manha”? Será que não é exagero?
Essa é uma dúvida comum, e a resposta é: se você está se sentindo insegura, se algo está te incomodando, vale SIM conversar com um psicólogo infantil.
Muitas vezes, um acompanhamento breve já resolve, e o profissional pode te ajudar a entender o que é comportamento esperado da idade e o que precisa de atenção especial.
Não é exagero cuidar da saúde emocional de quem você ama.
Pelo contrário — é responsabilidade, amor e prevenção.
Como funciona a terapia para crianças?
A psicoterapia infantil é diferente da terapia com adultos. Ela pode incluir:
- Brincadeiras dirigidas (brinquedoteca terapêutica)
- Desenhos, jogos, contação de histórias
- Conversas leves e acolhedoras
- Orientação para os pais
O objetivo é ajudar a criança a expressar o que sente, entender suas emoções, desenvolver recursos emocionais e se sentir mais segura para enfrentar o mundo.
cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo
Se seu filho quebra o braço, você corre pro hospital, certo?
Com a mente da criança, o cuidado deve ser o mesmo. Quanto antes identificar e tratar o que está difícil, melhor para o desenvolvimento emocional, social e até escolar.
Você não está sozinha — e pedir ajuda é o contrário de fraqueza. É um ato de coragem e amor.
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